CONSUMO HÍDRICO E ENERGÉTICO NA IRRIGAÇÃO DO CAFÉ NO TRIÂNGULO MINEIRO E OESTE DA BAHIA

Autores

  • Rodrigo Otávio Câmara Monteiro Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul– IFRS. Av. Osvaldo Aranha 540 – 95700-000 – Bento Gonçalves – RS.
  • Rubens Duarte Coelho Universidade de São Paulo – USP/ESALQ, Caixa Postal 9 – 13418-900 - Piracicaba – SP, Brasil,
  • Marconi Batista Teixeira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Rod. Sul Goiana Km 01 - 75901-970, Zona Rural– Rio Verde – GO, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37856/bja.v86i3.2

Resumo

Com o aumento da pressão pela racionalização da exploração agrícola a caminho da sustentabilidade e a incorporação de novas tecnologias, tornam-se necessários o domínio, o conhecimento e o manejo dos principais fatores relacionados à produção, dentre os quais o consumo hídrico e energético. Este estudo, portanto, foi realizado com o objetivo de avaliar as necessidades de água e o consumo de energia (elétrica e diesel) para os quatro primeiros anos do desenvolvimento do café, no plantio tradicional, irrigado por pivô central, pivô central com emissores tipo LEPA e por gotejamento. As avaliações foram baseadas em informações edafoclimáticas das regiões do Triângulo Mineiro e do Oeste da Bahia. A lâmina de água aplicada pelo sistema de gotejamento, em todo o período, foi mais de 50% inferior à lâmina aplicada pelos outros sistemas, além de apresentar uma economia média de energia elétrica em torno de 38%. O bombeamento de água usando energia elétrica para irrigação do cafeeiro, nas regiões estudadas, é significativamente mais econômico do que o acionamento usando motor diesel. 

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Publicado

2013-08-17

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Artigos