Como é realizada a detecção do novo coronavírus? - FEALQ PELA VIDA

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Como é realizada a detecção do novo coronavírus?

A doença conhecida pelo nome de COVID-19 é ocasionada por um vírus altamente infeccioso denominado Sars-CoV do tipo 2 (Sars-CoV-2) e já matou cerca de 320 mil pessoas em todo o mundo, e mais de 17 mil no Brasil (dados de 19 de maio de 2020). Os principais sintomas relacionados à essa doença são, entre os mais comuns: febre, tosse seca, cansaço, dificuldade de respirar e, dentre os sintomas menos comuns: dores e desconfortos musculares, dor de garganta, diarreia, conjuntivite, dor de cabeça, perda de paladar ou olfato, de acordo com a a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os testes para saber se uma pessoa está ou não infectada pelo vírus SARS-CoV-2 são realizados por meio de uma técnica conhecida por RT-qPCR, ou Reação em Cadeia da Polimerase quantitativa com uso de Transcriptase Reversa.

Mas, o que isso significa e como esse processo é realizado?

Primeiramente, uma amostra da mucosa nasofaríngea ou orofaríngea é coletada usando uma haste específica para coletar materiais biológicos, nesse caso, a secreção do paciente com o vírus.

Após isso, a haste é colocada em um recipiente contendo um reagente que irá manter o vírus viável até sua chegada ao laboratório, onde o vírus passará por um processo de inativação para que possa ser manuseado sem que ofereça riscos a saúde de quem esta realizando as análises. O processo de inativação viral consiste em adicionar alguns reagentes que, associados a alta temperatura, serão capazes de lizar a camada externa do vírus, rompendo as proteínas Spike (que são as proteínas que permitem com que o Sars-CoV-2 infecte as nossas).

A purificação do material é realizada por centrifugação em colunas de sílica, onde o RNA (Ácido Ribonucleico) fica aderido nas colunas e é separado de outras impurezas que possam estar na solução (como restos de proteínas e pedaços da célula) para que as mesmas não interfiram nas análises. O próximo passo é a extração do material genético e, como o vírus é uma molécula de RNA, essa molécula precisa passar por um processo de conversão para DNA (Ácido desoxirribonucleico – forma que permite que as próximas análises sejam realizadas). Para isso, uma enzima denominada Transcriptase Reversa irá formar a fita de DNA complementar (cDNA) correspondente ao RNA viral. Milhões de cópias desse cDNA, inativo e sem qualquer tipo de virulência, serão geradas para que os testes, que dirão se as amostras estão positivas ou negativas para a doença COVID-19, sejam realizados.

A qPCR (Reação em Cadeia da Polimerase quantitativa) consegue detectar a quantidade de vírus que uma amostra possui. Somente a partir dessa técnica os resultados poderão ser obtidos e será confirmada ou descartada a presença do vírus no paciente. Clique aqui ou na imagem abaixo e confira como é realizado o teste de detecção do novo coronavírus.