Sintomas como febre, tosse, falta de ar, perda de paladar e olfato estão associados à COVID-19. Diferentemente da gripe, a síndrome respiratória aguda grave (SARS) apresenta um aumento da infecciosidade cerca de 7 a 10 dias após o aparecimento dos sintomas, enquanto a gripe é caracterizada por um aumento da infecciosidade logo após ou mesmo antes do início dos sintomas. Por isso as pessoas sintomáticas devem praticar isolamento social para evitar a contaminação de familiares e colegas de trabalho por ao menos 14 dias após o aparecimento dos sintomas.

Estudo publicado na revista Nature Medicine (acesse aqui o conteúdo) mostra que a transmissão do vírus ocorre mesmo antes do aparecimento dos sintomas. Analisando pacientes e pessoas com quem estes tiveram contato, pesquisadores da Universidade de Hong Kong, da China, observaram que a carga viral era maior logo no início dos sintomas e que em 44% dos casos, a transmissão para outras pessoas ocorria antes da manifestação da doença. Esse estudo tem implicações importantes para saúde pública. Todas as pessoas devem usar máscara, mesmo que não apresentem sintomas, pois podem estar carregando o vírus e transmitindo a doença.

Fonte: He, X., Lau, E.H.Y., Wu, P. et al. Temporal dynamics in viral shedding and transmissibility of COVID-19. Nat Med 26, 672–675 (2020). https://doi.org/10.1038/s41591-020-0869-5