Um estudo analisando variações na sequência de todo o DNA (em inglês, Genome-wide Association Study – GWAS) realizado por dois grupos distintos de pesquisadores em amostras de pacientes da China, Itália e Espanha, identificou associação entre o tipo sanguíneo e a suscetibilidade à insuficiência respiratória por SARS-CoV-2 (Zhao et al., 2020 e Ellinghaus et al., 2020). Ambos os estudos demonstraram que os pacientes do grupo sanguíneo tipo A apresentaram um risco maior de infecção por SARS-Cov-2 e de maior gravidade. Enquanto que os pacientes do grupo sanguíneo tipo O apresentam menor risco.

O primeiro grupo de pesquisadores (Zhao et al., 2020) analisou amostras de sangue do tipo ABO de mais de mil pacientes infectados com SARS-CoV-2 provenientes de hospitais chineses. Nesse estudo, todos os pacientes foram diagnosticados com a COVID-19 por meio do teste molecular (RT-PCR). Já o segundo estudo (Ellinghaus et al.,2020) envolveu 835 pacientes e 1.255 controles derivados da população da Itália, e 775 pacientes e 950 controles da Espanha.

Apesar desses estudos ainda não terem sido revisados, eles revelam que algumas regiões no DNA dos indivíduos podem determinar a suscetibilidade à insuficiência respiratória por SARS-CoV-2 e também confirmam essa relação potencial com a maior incidência de formação de coágulos sanguíneos observada em quadros de COVID-19 severos.

Leiam mais em: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.03.11.20031096v2.full.pdf e https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.05.31.20114991v1.full.pdf.