Novo anticorpo pode ajudar na produção de vacinas contra COVID-19
No final de 2019, foi descoberta uma nova doença zoonótica altamente infecciosa e com sintomas semelhantes aos da gripe, mas que progridem para um quadro de pneumonia e insuficiência respiratória aguda. Essa doença apresenta taxa de mortalidade estimada de 6%, sendo que há maior letalidade entre pessoas idosas e imunocomprometidas. Em Março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou uma pandemia resultante dessa doença, denominada COVID-19, causada pelo novo coronavírus pertencente à linhagem B do betacoronavírus e que compartilha 88% da sequência do coronavírus de morcego. A proteína Spike (espinho) da superfície do SARS-CoV2 tem grande afinidade ao receptor ACE2 da célula humana e se tornou o foco de estudos para o desenvolvimento de uma vacina eficiente contra a COVID-19.
O ACE2 atua como um receptor funcional para o novo coronavírus SARS-CoV-2, ligando-se a ele com uma afinidade 10 a 20 vezes maior e facilitando a transmissão. Em busca de uma vacina contra a COVID-19, recentemente, cientistas descobriram que o anticorpo monoclonal CR3022 se liga firmemente a uma das porções do Spike do novo coronavírus, sendo capaz de neutralizar o SARS-CoV-2.
Os autores acreditam que o uso desse anticorpo pode trazer vantagens para as respostas imunes. Entenda mais sobre este anticorpo e o seu mecanismo de ação sobre o novo coronavírus no artigo pré-impresso da Revista Cell Host and Microbes (acesse o texto na íntegra aqui).