Os riscos de transmissão da COVID-19 nos diferentes ambientes e superfícies
Em um estudo publicado no Science of the Total environment (acesse aqui o trabalho na íntegra), pesquisadores alertam sobre o potencial de transmissão do vírus SARS-CoV-2 em diversos ambientes e indicam como este conhecimento pode ser benéfico no estabelecimento de políticas eficazes para conter futuras pandemias.
Apesar da carência de estudos, há uma compreensão de que o ar altamente poluído, resíduos sólidos gerados por famílias com indivíduos infectados e corpos de água que recebem esgoto bruto podem servir como rotas de transmissão do vírus SARS-CoV-2. Da mesma forma, superfícies como itens pessoais de pessoas infectadas, vasos sanitários, superfícies de salas, pisos de plástico, aço inoxidável, cobre, papelão, madeira, cerâmica, alumínio e sacolas plásticas também podem ser focos de transmissão.
Os pesquisadores também alertam que a desinfecção inadequada e sistemas de encanamento defeituosos em ambientes internos, como hospitais, podem facilitar o transporte de gotículas carregadas de vírus das águas residuais, causando a infecção.
Portanto, a correta desinfecção de ambientes e itens em contato com pessoas infectadas e a vigilância de águas residuais de SARS-CoV-2 se mostram uma ferramenta eficaz na diminuição da disseminação e na detecção precoce de surtos. Somando-se a isso, a determinação da prevalência de COVID-19 em uma população, complementando testes clínicos, fornece aos tomadores de decisão orientações sobre o correto momento de restringir ou relaxar o movimento.