Coronavírus: imunidade coletiva pode ser alcançada antes do esperado, diz estudo - FEALQ PELA VIDA

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Coronavírus: imunidade coletiva pode ser alcançada antes do esperado, diz estudo

Em destaque recentemente na Agência FAPESP, um estudo desenvolvido em colaboração com pesquisadores do Brasil, Portugal e Reino Unido afirma que a imunidade coletiva (também chamada de imunidade de rebanho) ao novo coronavírus pode ser alcançada em uma determinada região se aproximadamente 10% a 20% das pessoas forem infectadas.

O estudo foi publicado na plataforma medRxiv (acesse aqui a íntegra), na última semana de julho, ainda sem revisão por pares. No trabalho, os autores optaram por estudar o perfil de infecção de países como Bélgica, Inglaterra e Espanha, onde o número de novos casos diários está estabilizado, para calcular o coeficiente de variação das curvas de infecção e, então calcular o valor ideal de imunidade coletiva por região. Além disso, em entrevista à Agência FAPESP, os autores afirmaram que é preciso levar em conta também a heterogeneidade da população, ou seja, uma pessoa que naturalmente possui hábitos mais caseiros têm menor chance de contrair o vírus do que um indivíduo que gosta mais de sair.

Segundo os pesquisadores, embora o coeficiente de variação não seja exatamente o mesmo nas diferentes regiões estudadas, de forma geral, o percentual de imunidade coletiva tende a se manter entre 10% e 20%. Esse é um resultado bastante otimista em relação a outros estudos feitos mais no início da pandemia, que estimavam de 50% a 70% de taxa de infecção para que a imunidade coletiva fosse atingida.

O cálculo da imunidade coletiva é essencial para elaboração de políticas públicas, uma vez que as medidas de isolamento poderiam ser relaxadas em locais onde a imunidade de rebanho já tivessem atingido o limiar ideal, sem que os casos continuassem aumentando. Da mesma forma, onde a população ainda não chegou ao limiar da imunidade coletiva, o distanciamento social e a reabertura gradual da economia ainda deveriam ser mantidos.

Além dos links acima, uma nova reportagem da Agência FAPESP, publicada no dia 06 de agosto, com dados do Estado do Amazonas, vem novamente confirmar esse limiar de 10% a 20% de infecção para atingirmos a imunidade coletiva (leia mais sobre os números do Amazonas aqui).

 

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