SARS-CoV2: Ponto de vista de catedrático em imunologia sobre velocidade que o vírus tem se espalhado
No artigo publicado pela BBC News Brasil, no último dia 6 de Novembro, o Dr. Ignacio J. Molina Pineda de las Infantases, Catedrático de Imunologia do Centro de Investigação Biomédica da Universidade de Granada, traz o seu ponto de vista sobre a velocidade que o vírus SARS-CoV2 tem se espalhado em todo o mundo (leia aqui). Este artigo foi originalmente publicado no The Conversation e publicado sob uma licença Creative Commons (leia aqui).
Dr. Ignacio traz em sua discussão temas como: porque o SARS-CoV-2 é mais contagioso do que outros coronavírus, as variantes novas e mais infecciosas, a variante espanhola e como chegamos a esta situação. Ele ressalta que diferentes mutações já foram descritas no genoma do vírus, muitas delas responsáveis pela alteração de um único aminoácido mas com uma capacidade de infecção ainda maior, e portanto, uma propagação muito mais rápida. Uma das mutações apresentadas neste artigo mostra a alteração do aminoácido 614 da proteína SPIKE, o qual inicialmente era um aspartato e passou a ser uma glicina. Esta mutação, chamada de D614G, foi identificada no final de fevereiro nos países europeus, onde em abril a maioria dos vírus que circulavam já apresentavam o códon para a síntese do aspartato.
Esta e outras mutações já identificadas e descritas fazem parte de uma discussão importante que nos faz refletir e entender o avanço surpreendente do número de casos na Europa e Reino Unido. Desta forma, o Genômica Informa convida todos a lerem este artigo, refletindo sobre a velocidade de disseminação do vírus e como evitar uma nova onda no Brasil.