- 6 de outubro de 2021
- Sem categoria
Professor Paulo Sentelhas foi homenageado durante 7º Encontro Preparatório
Durante a tarde do último dia 5 de outubro, o professor Paulo César Sentelhas, do departamento de Engenharia de Biossistemas da Esalq foi o grande homenageado do 7º Encontro Preparatório da 4ª edição do Esalqshow. Clique AQUI para assistir o encontro na íntegra
Falecido em 21 de setembro deste ano, Sentelhas seria um dos palestrantes do evento, coordenado pelo professor Ricardo Ribeiro Rodrigues, que debateu Políticas Públicas no Setor Sucroenergético.
Ricardo Rodrigues abriu os trabalhos lembrando do companheiro de Esalq, reforçando a contribuição de Paulo Sentelhas na formatação do evento. Na sequência, foi respeitado 1 minuto de silêncio e apresentado um trecho da entrevista concedida em 2019 por Sentelhas ao programa Trajetórias, da TV USP Piracicaba.
Antes das apresentações técnicas, o diretor da Esalq, professor Durval Dourado Neto, lamentou a perda do professor Sentelhas. “Trata-se de uma pessoa carismática, homenageada por 12 vezes pelos graduandos dessa casa e uma referência nos estudos em agrometeorologia”, destacou.
José Mauro Ferreira Coelho, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), deu início aos trabalhos abordando A política brasileira para a bioenergia ou energia de baixo carbono. O docente ressaltou a importância da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, citando três funções essenciais para promover e aumentar a produção de biocombustíveis na matriz de transporte brasileiro. “Temos as metas de descarbonização, certificação da produção dos biocombustíveis e o crédito de descarbonização (CBIO)”. Em uma segunda parte da sua explanação ele apresentou o programa combustível do futuro. “Esse projeto possui quatro premissas, são elas, a integração de políticas públicas, tecnologia veicular nacional, além da eficiência e transição energética”. Finalizando sua apresentação,o secretário destacou que o Brasil foi nomeado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das lideranças no diálogo de alto nível em energia.
Na sequência, Miguel Ivan Lacerda de Oliveira, diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) defendeu a relevância do RenovaBio como política pública positiva para o setor sucroenergético. O docente destacou a necessidade de entender o verde da terra e o azul do céu, citando a importância da agricultura e do cuidado com o aquecimento global para garantir a alta produção de CO2. “O RenovaBio possui o intuito de reforçar e garantir a captura do CO2, e o caminho para aumentar a produção do carbono está na utilização da tecnologia e ciência em prol da agricultura”.
Santiago Vianna Cuadra, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, abordou os desafios do zoneamento agroambiental para o setor sucroenergético. Em um primeiro momento ele citou três exemplos de zoneamentos agro ambientais mais utilizados no Brasil. “Temos o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), Zoneamento de Aptidão Agrícola (ZAA), Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE). É importante destacar que os zoneamentos ambientais possuem funções especificas, são elas, recomendações de manejo para minimizar o risco produtivo, ordenamento territorial, vedações e restrições”. Por fim, o pesquisador destacou que após a realização do mapeamento e classificação do rendimento, diversos cenários podem ocorrer para indicar o sucesso ou não do zoneamento ambiental. “O sucesso em um zoneamento agroambiental, depende de diversos fatores a exemplo da época e condição de plantio, para assim determinar a produtividade do solo”.
Gerd Sparovek, docente do Departamento de Ciência do Solo da Esalq/USP, discursou sobre a Regularização do setor sucroenergético à legislação ambiental, o docente utilizou o exemplo de dois projetos ambientais para destacar a importância de uma legislação ambiental eficiente. “O primeiro é o Biota-Fapesp desempenhado de 2017 a 2020 que tinha o objetivo de desenvolver regras e estratégias para a implementação do código florestal de São Paulo, já o segundo estudo surgiu após o término do Biota-Fapesp,e foi ampliado visando abranger a Atualização e Expansão da Mata Atlântica”. Finalizando sua explanação, Sparovek ressaltou a evolução no processo de modelagem do código florestal. “Estamos evoluindo dia a dia no processo de modelagem detalhada. Em 2008 não era possível determinar com extrema precisão uma modelagem, já hoje em dia é normal a modelagem rica em detalhes de um imóvel rural por exemplo”.
Encerrando o debate, Edson Eiji Matsura, docente da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri)/Unicamp, ressaltou a importância da Certificação ambiental do setor sucroenergético (incluindo mercado de CBios).Ele defendeu a ideia de que a certificação ambiental é uma ferramenta essencial para incentivar as mudanças ambientais. “Temos três iniciativas de certificação que permitem um processo produtivo mais sustentável, são eles, princípios, ou seja, as ideias e conceitos gerais, critérios que avaliam as medidas determinadas pela iniciativa anterior e por fim os indicadores que são as medições dos critérios do campo”.
Clique AQUI para assistir o encontro na íntegra
Sobre o EsalqShow – A 4ª edição do EsalqShow ocorrerá de 5 a 7 de outubro de 2022. O evento é uma realização da Esalq e tem a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) como parceira institucional. O evento, que visa fomentar a inovação e o empreendedorismo na agricultura, reúne uma série de ações para aproximar a academia do setor produtivo, do setor público e sociedade em geral.
Texto: Gabriel Perin Estagiário de Comunicação/Revisão: Caio Albuquerque Mtb 30356, 13/10/2021