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Fazenda Figueira completa 20 anos como estação experimental

Administrada pela Fealq, sob orientação técnica e científica de professores da Esalq, propriedade abriga atividades de pesquisa voltadas à agropecuária

 

Vista aérea de parte do rebanho da Fazenda Figueira, em Londrina

 

A Estação Experimental Agrozootécnica Hildegard Georgina Von Pritzelwitz, também conhecida como Fazenda Figueira, completou 20 anos de sua implantação nesta terça-feira , 11 de fevereiro. A propriedade de 3,7 mil hectares, em Londrina (PR), foi doada em testamento para a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) pelo engenheiro agrônomo e esalqueano Alexandre von Pritzelwitz, que faleceu em janeiro de 2000.

 

O desejo desse ex-aluno da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) era de que a Fazenda fosse administrada pela Fundação, sob orientação técnica e científica de professores do Departamento de Zootecnia da Esalq. Ele pediu também para que se mantivesse a pecuária de corte como atividade principal na propriedade e que a estação experimental fosse batizada com o nome de sua mãe, Hildegard Georgina von Pritzelwitz.

 

Todas as solicitações de Alexandre foram prontamente atendidas e, em 11 de fevereiro de 2000, a Fealq implantou no local sua estação experimental.

 

Atualmente, segundo o engenheiro agrônomo e administrador da Fazenda, José Renato Silva Gonçalves, a unidade trabalha com cerca de 5 mil cabeças de gado, com cria, recria e engorda para comercialização de carne. São desenvolvidas também atividades relacionadas ao melhoramento genético do rebanho, além de práticas para integração entre lavoura e pecuária.

 

Formado pela Esalq, Gonçalves conta que terminava seu mestrado na Escola quando esteve pela primeira vez na Fazenda Figueira, como estagiário do Departamento de Zootecnia. Ele conta que, ao longo de 20 anos como estação experimental voltada à pesquisa científica e aos experimentos acadêmicos, a propriedade doada por Alexandre von Pritzelwitz tem evoluído e proporcionado avanços no ensino.

 

“Já temos mais de 80 trabalhos de mestrado e doutorado realizados na Fazenda. Antes, não existia o desenvolvimento de pesquisas científicas no local. Havia cerca de 3,4 mil cabeças de gado e apenas 60 hectares eram destinados à produção de silagem para os animais. No início houve um grande investimento da Fealq na estrutura e, com o tempo, foram implantados os programas de melhoramento genético e integração lavoura e pecuária”, conta.

 

As ações e experimentos realizados na Fazenda Figueira atualmente reúnem estudantes de diferentes instituições de ensino e produtores rurais. Dos 3,7 mil hectares de terra da estação, 40% são de reserva natural.

 

Estação experimental promove atividades práticas voltadas ao ensino superior

 

O BENFEITOR

Alexandre von Pritzelwitz diplomou-se na Esalq em 1948 e sempre manteve um relacionamento muito próximo com a universidade, frequentando simpósios técnico-científicos e cursos de extensão oferecidos com apoio da Fealq. Ele preocupava-se em atualizar seus conhecimentos agronômicos, em particular na área de zootecnia.

 

Filho de Kurt Gustav von Pritzelwitz e Hildegard Georgina von Pritzelwitz, Alexandre nasceu em 2 de abril de 1925, natural de São Paulo. Depois de formado, como profissional, sempre teve preocupação com a ecologia e manejo ambiental. Tanto que, em 1998, averbou 1.126 hectares de Mata Atlântica de sua propriedade no Paraná como Reserva Particular de Preservação Ambiental (RPPA), junto ao Instituto Ambiental e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

 

As obras de Alexandre não paravam por aí. Desde 1983, ele era mantenedor, na Fealq, de um Fundo de Apoio a Bolsas de Estudos para alunos carentes. Ainda na década de 1980, anos antes de deixar a Fazenda em testamento para a Fundação, Alexandre já havia doado à Fealq cinco apartamentos em Londrina, cujos rendimentos com aluguel são destinados até hoje à concessão das bolsas de estudos.

 

Sede reformada da Fazenda Figueira

Já temos mais de 80 trabalhos de mestrado e doutorado realizados na Fazenda. Antes, não existia o desenvolvimento de pesquisas científicas no local. Havia cerca de 3,4 mil cabeças de gado e apenas 60 hectares eram destinados à produção de silagem para os animais. No início houve um grande investimento da Fealq na estrutura e, com o tempo, foram implantados os programas de melhoramento genético e integração lavoura e pecuária.

 

José Renato Silva Gonçalves, engenheiro agrônomo e administrador da Estação
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