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Cartilha sugere protocolo de prevenção à febre maculosa

A febre maculosa é uma doença causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada de carrapato-estrela infectado, com elevada taxa de letalidade. O tema voltou a ganhar destaque diante dos recentes casos, principalmente na região Sudeste. Material inédito de extensão da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) reúne ações de prevenção e controle da doença no Brasil. Organizada pelo professor Dr. Carlos Alberto Perez, juntamente de outros autores, a cartilha “Protocolo de Priorização de Áreas para Prevenir a Ocorrência da Febre Maculosa Brasileira” tem conteúdo para servir de referência e ser colocado em prática tanto por órgãos públicos como privados. A publicação é da Editora Fealq.

“Nosso objetivo é propor um protocolo para organizar a definição das áreas prioritárias para aplicação de medidas preventivas de controle, a partir de critérios científicos, metodologia de fácil utilização e dentro de um contexto de recursos financeiros escassos”, afirma Perez, que é membro da Comissão Permanente de Prevenção e Controle da Febre Maculosa da Esalq/USP.

O documento foi elaborado com base em estudo-piloto desenvolvido de 2018 a 2021 como parte do Programa “Aprender na Comunidade”, de iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo. Participaram da condução do estudo profissionais e alunos da Esalq e da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, além da Prefeitura Municipal de Piracicaba, por meio da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), com a colaboração do Centro de Controle de Zoonoses do município.

Também autor da cartilha e membro da Comissão, o professor Gilberto José de Moraes destaca a atuação da universidade. “A Esalq, com o apoio da Fealq, tem empenhado esforços significativos no sentido de evitar a ocorrência da febre maculosa em seu campus há anos, fomentando ações conjuntas de pesquisa/extensão e se colocando mais próxima da sociedade em seu entorno”, ressalta.

Segundo ele, o ineditismo do Protocolo se deve principalmente às particularidades da ocorrência da doença no interior de São Paulo. “Em regiões onde gambás e capivaras são frequentemente encontrados, as medidas recomendadas no manual têm amparo legal na Resolução Conjunta entre as Secretarias de Estado do Meio Ambiente (SMA) e da Saúde (SES) para o estabelecimento de diretrizes voltadas ao manejo populacional de animais como medida estratégica para o controle da febre maculosa.”

A ideia é que o material seja distribuído em prefeituras, unidades oficiais de visitação pública, saúde, ambiental, de ensino, além de organizações imobiliárias e propriedades rurais com áreas de preservação.

PARA BAIXAR
A cartilha também está disponível no site da Fealq. Para baixar, clique aqui. Outras informações pelo e-mail livros@fealq.org.br.

 

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