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Roda de conversa discute inovação na academia e no mercado no último Fealq Think & Drink do ano

A 13ª edição do Fealq Think&Drink, realizada no dia 2 de dezembro em Piracicaba, marcou o encerramento do calendário 2024 do evento, que trouxe a inovação para o centro das discussões, celebrando a parceria firmada no final do ano passado entre a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) e a Agência USP de Inovação – Auspin. Os resultados das iniciativas voltadas à inovação promovidas pela Fealq em 2024 foram apresentados, em primeira mão, ao público presente no evento.

 

Parcerias para Inovação foi o tema de uma roda de conversa, com a participação do professor  Luiz Henrique Catalani, coordenador da Auspin; Felipe Daltro, diretor sênior de marketing para Brasil e Paraguai na Corteva; e Rafael Saravalli, procurador jurídico da USP, responsável pela mediação.

 

“É uma honra para nós receber aqui personalidades tão importantes nessa relação entre a academia e o mercado, o público e o privado, o conhecimento humano e a tecnologia firmando parcerias e, é muito gratificante fazer essas pontes”, disse o diretor da  Fealq, professor José Baldin Pinheiro, na abertura.

 

Catalani destacou a importância de promover a inovação, o que ele chama de ‘evangelização da inovação’, e para explicar os desafios enfrentados pela academia nesta área, traçou uma linha do tempo da inovação no Brasil, recente no país. “A Lei de Inovação no Brasil chegou em 2004 e foi, definitivamente, digamos assim, digerida em 2016 com o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação. Então, a inovação chegou para a universidade brasileira em 2000 pra frente, no século 21.”

 

Desde então, a USP assumiu o papel de protagonista no tema da inovação, com a elaboração da política de inovação em 2021, a criação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação em 2022 e, em 2024 a criação do Escritório de Integridade e Proteção à Pesquisa.

 

Da universidade para o mercado, o diretor de marketing da Corteva falou como a inovação é colocada em prática na empresa – que é potencialmente agrícola, com foco em sementes de milho, sorgo, soja, algodão, trigo, entre outras – e como a relação com a universidade contribui para avanços. “A fase de descoberta, desenvolvimento e lançamento [de um produto] significa falar das tecnologias disponíveis para o agricultor nos próximos 10, 15 anos, no Brasil um pouco mais. Então, isso é um fato muito importante, por isso esse vínculo da Corteva com a inovação. E aí, é importante, porque uma empresa que é muito pautada nisso, que não tem mais a solução trivial. É necessária uma colaboração com gente que conhece muito de agricultura, sistema produtivo e esse conhecimento está na universidade. Não é qualquer um que sabe levar a tecnologia, que é realmente inovadora, ao campo. E a gente reconhece isso”, salientou Felipe.

 

“Como a gente pode ver, são duas perspectivas bem diferentes. A perspectiva do professor Catalani colocou a universidade do Brasil e a do Felipe de uma empresa que nasceu já com esse DNA de inovação. Mas mesmo uma empresa que nasceu com essa perspectiva tem dificuldade”, pontuou o mediador.

 

Questionados sobre a principal dificuldade para a incorporação da inovação na rotina da instituição a qual fazem parte, o professor Catalani assinala a necessidade de investimento em capacitação na habilidade de empreendedorismo, também defendido por Felipe, que acrescenta a integração entre as áreas de pesquisa.

 

A roda de conversa foi finalizada com perguntas da plateia, coroando o Fealq Think & Drink como um espaço de diálogos acerca de temas relevantes para o ensino, a pesquisa e a inovação.

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