O Brazilian Team está entre as 15 equipes semifinalistas da competição internacional XPRIZE Rainforest, que irá distribuir um prêmio de US$ 10 milhões aos vencedores e tem como principal objetivo melhorar a compreensão do ecossistema de florestas tropicais para sua urgente conservação. Formado por mais de 50 pesquisadores e outros profissionais com conhecimento técnico-científico multidisciplinar, este time brasileiro busca patrocínios e outras formas de apoio para partir rumo a Singapura em 2023 para a fase de testes visando à aplicação de tecnologias inovadoras. Com os ganhos conquistados, a equipe pretende compor um fundo voltado a pesquisas e capacitação para conservar e restaurar a Amazônia e a Mata Atlântica.
“Estamos convencidos de que as soluções tecnológicas já existem e apenas precisam ser aperfeiçoadas. O que faltam são as bases de dados, principalmente de sons, fotos, coletas em áreas remotas da floresta tropical. E tudo isso é o que pretendemos fazer com o prêmio, para que possamos ir a campo e suprir essas lacunas”, destaca o coordenador do Brazilian Team, o professor e pesquisador da Esalq/USP Vinicius Souza.
Segundo Souza, entre as tecnologias a serem utilizadas na realização do monitoramento estão drones, robôs, sensores visuais e sonoros, inteligência artificial e sequenciamento genético. “Nosso objetivo é amenizar os impactos da destruição das florestas tropicais e acelerar o processo de estudo da biodiversidade. Essas ferramentas nos permitirão, por exemplo, definir as áreas mais prioritárias para conservação e identificar onde as espécies estão dentro dos ambientes naturais”, explica.
O Brazilian Team é formado por ecólogos, engenheiros robóticos, taxonomistas, entre outros profissionais e pesquisadores, em sua maioria brasileiros, mas também de países como França, Colômbia, Espanha, Portugal, EUA e Bélgica, e de várias instituições, como USP, UNESP, Unicamp, UFSCar, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, UNITAU, Pl@ntNet (Cirad, Inria), CNRS, ENS, Pinheiro Neto Advogados, SIMA, RBMA e umgrauemeio. A participação da equipe na iniciativa conta com o apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq).
O anúncio dos 15 times que passam para essa etapa, partindo de mais de 800 equipes que iniciaram a competição, aconteceu no último dia 28 de junho, durante o Fórum Mundial da Biodiversidade em Davos, na Suíça. Aqueles que tiverem sucesso nas semifinais passarão a testar sua tecnologia em um local remoto e participarão das finais da competição em 2024. Vencerá a equipe capaz de pesquisar a maior biodiversidade contida em 100 hectares de floresta tropical em 24 horas e fornecer as ideias mais impactantes em 48 horas, envolvendo a sociedade, com destaque aos povos das florestas.
Para saber mais sobre o Brazilian Team, clique aqui. Informações sobre o prêmio: www.xprize.org.