O Brazilian Team, equipe multidisciplinar formada por mais de 50 pesquisadores e outros profissionais técnicos científicos, chegou à final do XPRIZE Rainforest. Ao todo, são seis finalistas. Além do time brasileiro, irão disputar a premiação de US$ 10 milhões três equipes dos Estados Unidos, uma da Espanha e outra da Suíça.
A competição tem como principal objetivo melhorar a compreensão sobre o ecossistema de florestas tropicais visando sua preservação. Para isso, incentiva a aplicação de tecnologias inovadoras que possibilitem o levantamento de dados, interpretação das informações e aplicação de possíveis soluções na floresta analisada. O anúncio oficial dos seis finalistas ocorreu durante o 31st International Congress for Conservation Biology, realizado em Kigali, Ruanda.
“Estamos disputando para ganhar esta competição. A melhor equipe deve ser decidida nos detalhes. Largamos na frente, porque a maior parte do time vive e pesquisa na floresta tropical. Usar os dados que gerarmos na proposição de soluções para manter a floresta em pé e trazer melhor qualidade de vida para os habitantes das florestas, é a direção que vamos seguir nesta final no próximo ano”, destaca coordenador do Brazilian Team, o professor e pesquisador da Esalq/USP Vinicius Souza.
Competição – As semifinais foram disputadas no mês de junho deste ano em Singapura, na Ásia, com a participação de 13 equipes. Cada uma delas teve 24 horas para testar suas tecnologias em áreas definidas de floresta. As selecionadas na etapa semifinal foram capazes de pesquisar amplos espaços florestais envolvendo tecnologias de captura de imagens, bioacústica e coleta de amostras físicas, principalmente para a identificação através do DNA. Em 48 horas, prazo limite, as equipes apresentaram relatórios analíticos sobre a riqueza de espécies presentes na área avaliada. O Brazilian Team identificou mais de 200 espécies de plantas e animais daquela área florestal de Singapura.
Aproximadamente 800 equipes de todo o mundo iniciaram o XPRIZE Rainforest, cuja final será em 2024, em local a ser definido ainda. Segundo Souza, se vencedora na final, a equipe pretende direcionar o prêmio para compor um fundo voltado ao desenvolvimento de pesquisas e capacitação com foco na conservação e restauração da floresta Amazônica e da Mata Atlântica. “Foram anos de trabalho de toda a equipe e chegamos até aqui porque todos se dedicaram e deram o máximo. Será grande a responsabilidade de representar ao mesmo tempo o Brasil, o Hemisfério Sul e a comunidade científica de países que muitas vezes são considerados coadjuvantes nos grandes avanços científicos”, reforça Souza.
Equipe – Com apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), o Brazilian Team é composto por ecólogos, engenheiros robóticos, taxonomistas, entre outros profissionais e pesquisadores, em sua maioria brasileiros, mas também de países como França, Colômbia, Espanha, Portugal, EUA e Bélgica, e de várias instituições, como USP, UNESP, Unicamp, UFSCar, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, UNITAU, Pl@ntNet (Cirad, Inria), CNRS, ENS, Pinheiro Neto Advogados, SIMA, RBMA e umgrauemeio.
“Acredito que é inédita a ação conjunta de tantas instituições, do Brasil e do exterior, em um só time; de alguns dos principais pesquisadores das áreas biológicas, exatas e humanas, em prol de agilizar o processo de estudo da biodiversidade. Por si só isso já é uma imensa vitória”, conclui o coordenador do Brazilian Team
Para saber mais sobre o Brazilian Team, clique aqui. Informações sobre a competição: www.xprize.org. Interessados em apoiar o Brazilian Team podem enviar um email para brazilianteam@usp.br.
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