O Brazilian Team participou, entre os dias 27 e 30 de maio, em Singapura, das semifinais do XPRIZE-Rainforest. A competição internacional, que premiará os vencedores com valores que somam até US$ 10 milhões, mobiliza tecnologias inovadoras para a preservação de florestas tropicais. A equipe brasileira conta com o apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq).
As primeiras 24 horas envolveram coletas e testes em campo, seguidas por um período de validação dos dados e mais 48 horas de análise para produção do relatório final. Nessa etapa de Singapura, o Brazilian Team foi representado por 14 pessoas. Boa parte do restante da equipe trabalhou de maneira remota, no processamento dos dados.
Na avaliação do coordenador do time brasileiro, Vinicius Souza, o desempenho do grupo foi bastante positivo, mesmo em meio a contratempos. “A preocupação que tínhamos em relação ao uso do robô terrestre foi eliminada assim que soubemos da área escolhida para coleta dos dados, com acesso muito mais fácil do que imaginávamos. Por outro lado, o clima prejudicou a operação dos drones, já que com chuva a saída dos equipamentos não é permitida. Também enfrentamos dificuldade em obter algumas autorizações, o que atrasou um pouco, mas não nos impediu de concluir a primeira etapa”, disse Souza.
Segundo o professor, os esforços da equipe em organizar os dados no relatório, extraindo o máximo possível de espécies coletadas, merecem ser reconhecidos. “Tínhamos, além de todos os desafios, o fator físico, pois quase não dormimos esses dias. Mas, no balanço, fizemos uma bela entrega e estou feliz por isso. A disputa vai ser boa, porque os demais times também vieram muito bem preparados, mas continuamos otimistas em relação à nossa classificação para a final”, acrescentou ele, que também é professor no Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
O Brazilian Team disputou as semifinais com outras 14 equipes. O resultado está previsto para sair no fim de julho. A competição começou em 2019, com 800 times inscritos. As finais acontecerão em 2024 em local ainda não divulgado. Vencerá a equipe capaz de pesquisar a maior biodiversidade contida em 100 hectares de floresta tropical em 24 horas e fornecer as ideias mais impactantes em 48 horas.
Com o valor do prêmio, a equipe brasileira pretende compor um fundo voltado a pesquisas e capacitação para conservar e restaurar a Amazônia e a Mata Atlântica.
TIME – O Brazilian Team é formado por mais de 50 pesquisadores e outros profissionais com conhecimento técnico-científico multidisciplinar, entre eles botânicos, zoólogos, ecólogos, advogados, economistas e engenheiros do Brasil e também de países como França, Colômbia, Espanha, Portugal, EUA e Bélgica, de instituições como USP, UNESP, Unicamp, UFSCar, UFSC, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, UNITAU, Pl@ntNet (Cirad, Inria), CNRS, ENS, Pinheiro Neto Advogados, SIMA, RBMA e umgrauemeio.
Para saber mais sobre o Brazilian Team, clique aqui. Informações sobre a competição: www.xprize.org. Interessados em apoiar o Brazilian Team podem enviar um email para brazilianteam@usp.br.
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