Estudo da ESALQ-LOG revela panorama das estradas vicinais no Brasil e propõe caminhos para fortalecer a competitividade do agronegócio

O estudo “Panorama das Estradas Vicinais no Brasil – Diagnóstico, Priorização e Caminhos para a Competitividade do Setor Agropecuário”, elaborado pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG), coordenado por Thiago Guilherme Péra, junto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),  identifica os principais gargalos estruturais que comprometem a fluidez do transporte de insumos e produtos agropecuários, resultando em custos adicionais e perda de competitividade. 

O projeto executado pelo ESALQ-LOG, vinculado à Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ-USP), tem a interveniência da Fundação de Estudos Agrários “Luiz de Queiroz” (FEALQ).

Mais do que um diagnóstico técnico, o estudo é um instrumento estratégico de planejamento. Por meio de dados atualizados e metodologias inovadoras, como o Índice de Priorização de Estradas Vicinais (Ipev), a publicação propõe critérios objetivos para hierarquizar regiões e orientar políticas públicas e investimentos voltados à recuperação e manutenção da malha vicinal.

Alguns dados a considerar:

• 2,2 milhões de quilômetros de estradas vicinais em todo o país — dez vezes mais que as   rodovias pavimentadas (211 mil km).

• 1,4 bilhão de toneladas de carga do agronegócio trafegam anualmente por essas vias.

• Mais de 367 mil quilômetros de estradas terciárias e 1,8 milhão de quilômetros de vias não classificadas.

Péra, que coordenou o projeto, reforça a importância dessas vias: “Elas são fundamentais. Tudo que usamos e produzimos depende delas.” com mais de 367 mil km de estradas terciárias e 1,8 milhão de km de vias “não classificadas”.

Além do impacto econômico, a melhoria dessas vias traz ganhos sociais e ambientais — como redução das emissões de gases de efeito estufa, diminuição do consumo de combustível e ampliação do acesso a serviços essenciais nas áreas rurais.

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